Batman: o Cavaleiro das trevas - um olhar kantiano

segundo as ideias do filósofo Kant, a ética está relacionada com valores individuais do indivíduo que necessitam estar a frente da moral. No filme Batman tinha duas escolhas onde ele necessita escolher entre salvar o amor da sua vida ou ser um herói de ghotan, tendo ele toda liberdade de escolha, entre o pensamento racional que seria do amor e o racional, Batman resolveu deixar de salvar quem ama visando o bem coletivo e o pensamento racional.

(Pedro Lucas Gomes)
Ao utilizarmos as lógicas kantianas para analisar o filme: " Batman: Cavaleiro das trevas", observamos que o personagem Brune Wayne age de acordo com os conceitos da ética kantiana do imperativo categórico, ou seja, o personagem age de forma racional priorizando o bem comum e deixando de lado o sentimento e as vontades próprias até certo ponto do filme, onde ele toma uma decisão priorizando o seus sentimentos, hiperativo hipotético.
Esses princípios ficam explícitos nas cenas finais do filme onde Batman precisa tomar uma decisão difícil, salvar a mulher que ele ama ou salvar um homem que pode se tornar o herói que a sua cidade precisa, agindo de forma sentimental Batman decide salvar Rachel (hiperativo hipotético), porém, Coringa tinha previsto que Batman agisse de tal forma e o manipulou, Batman vai para o local onde está Harvey e Rachel acaba morrendo.
(Pedro Lucas Gomes)

A lógica Kantiana aborda diversos conceitos, bem como a moralidade, o racionalismo e o empirismo, sendo esse fruto da relação entre a razão humana e sua união com as experiências. Inicialmente, já podemos relacionar com o personagem Batman desde o momento em que o herói traz muito a questão da moral, da honra, da racionalidade humana e integridade de seus valores para com qualquer acontecimento pertinente à Gothan City. Juntamente a isso, também é estabelecida uma linha com o conceito kantiano "Imperativo Categórico", que teoriza que qualquer indivíduo deve agir de acordo com princípios morais. Paralelamente a tal personagem e linha filosófica, temos o vilão Coringa, que traz a imoralidade e guarda os conceitos do Imperativo Hipotético, em que consiste apenas em formas de atingir uma finalidade em específico, não importando o modo como será atingido.

Baseando-se na filosofia de Kant, as duas maneiras de obtenção de conhecimento são por meio da forma como o indivíduo é afetado pelos objetos à sua volta, e pelos seus pensamentos em função de seus conceitos (entendimento), e a sensibilidade, por meio da qual os pensamentos são dados na intuição. São diversas as referências representadas dentro do filme, contudo, traços marcantes dessa filosofia são apresentados, por exemplo, na maneira em que Batman, como o herói da sociedade em questão, vive e age de acordo com a moralidade dessa sociedade, em função do seu "cargo" ou título imposto. Suas experiências, contudo, geram conhecimento suficiente para que o herói tome a decisão de salvar Dent, mesmo com a opção de optar pela paixão, ou os sentimentos, e salvar Rachel. O herói, entretanto, escolhe Dent, afirmando o pensamento kantiano, o qual exprime a ideia de que ética representa uma ação racional, desviando-se do sentimentalismo, e utilizando do racionalismo para a realização da escolha.

No filme "Batman: o Cavaleiro das trevas" Batman tem uma dificil decisão para tomar: salvar Rachel Dawes, seu amor, ou Harvey Dent, o homem que poderia trazer uma grande mudança para a segurança de Gotham. Para Kant, todo homem é racional, e para definir uma forma de avaliação das decisões dos humanos, ele cria o imperativo categórico, onde as decisões são feitas considerando a razão, e o imperativo hipotético, onde as emoções é que são consideradas. No filme é possivel perceber a presença do imperativo categórico na decisão de Batman, que apesar de ter que deixar sua amada morrer, pensa num bem maior, que é a possibilidade de salvar Gotham da violência, salvando Dent. Já o Coringa, vai contra o pensamento de Kant, de que todo homem é racional. Coringa é um vilão que não possui um lado, não obedece a nada e não deseja o dinheiro. Ele apenas quer ver a desordem, e se diverte com isso. Portanto o único objetivo dele não atende às ideias Kantianas e é isso que faz do vilão a antítese da teoria.

No filme “Batman: Cavaleiro das Trevas”, Batman enfrenta seu mais forte antagonista; o Coringa. Com o objetivo único de instaurar o caos de modo a mexer com o psicológico dos heróis do filme e questionar a ordem da sociedade humana é possível associar a imagem do Coringa ao estado de natureza, teoria criada por Thomas Hobbes, em que não é dotada de lógica e simplesmente destrói as relações humanas estabelecidas, afim de cria-las novamente de forma cíclica.
Partindo desse estado natural, e trazendo agora teorias de Immanuel Kant, o arqui-inimigo de Batman põe a prova o domínio do espírito do homem; a sua moral. Coringa, sequestra Harvey Dent, homem considerado de coração “bom” de toda Gothan, e Rachel Dawes, amor de Batman, e dá ao herói a condição de salvar apenas um deles. Com isso as teorias kantianas são postas a prova: Batman tomará sua escolha a partir do Imperativo Categórico baseado na razão (salvando Harvey como benefício de toda a cidade pelos seus feitos) ou o Imperativo Hipotético a qual é levado pela subjetividade (salvando Rachel como benefício individual).
A partir do filme vê-se que Batman deixou-se levar pela sua subjetividade indo atrás de Rachel, porém trapaceando novamente, o Coringa trocou os caminhos fazendo com que Batman salva-se Harvey, agora corrompido pelo ódio, e abrindo espaço para questionar a moral e as atitudes heroicas do protetor da cidade.

O imperativo categórico, que faz parte da moral Kantiana, é uma decisão moral em que se faz uso da razão e não de nossa opinião parcial. Isso é visto no filme "Batman: Cavaleiro das Trevas", em que o protagonista decide salvar a pessoa que ele sabe que pode salvar a cidade ao invés de salvar a mulher que ama, ele ignora totalmente os seus sentimentos e parte para a opção mais lógica que poderia assim ajudar a manter mais pessoas a salvo. Além disso, há a representação da influência de Kant no antagonista, em que o Coringa é a representação da antítese da ética Kantiana. Todas suas ações e intenções tem como objetivo provocar o caos na cidade. A ética Kantiana nos diz que uma ação é boa se as intenções por trás são boas ou universais. Ou seja, indenpente de se a ação ajudará ou não alguém, ela só pode ser considerada boa se for feita com uma boa intenção, e não por intenções egoístas.

Segundo as teorias kantianas,podemos concluir que o herói fictício Batman possui muito mais tendências éticas do que morais,uma vez que o mesmo haje da forma que acredita ser correta,não tendo preocupações maiores com respeitar as leis e conceitos impostos pela sociedade como corretos,fazendo,assim,a conhecida "justiça com as próprias mãos". Entretanto,deve ser considerado como um indivíduo que haje de acordo com sua ética,uma vez que infringe a moral com o objetivo de fazer bem a cidade onde vive (Gotham) e principalmente aos cidadãos da mesma,já que a justiça local mostra-se insuficiente para garantir a segurança dos mesmos.

Algumas teorias Kantianas podem ser observadas no filme "Batman: O Cavaleiro das Trevas", assim como uma antítese a essa teoria também pode ser notada. Para Kant, existe o comportamento imperativo categórico, onde o indivíduo age baseado na razão e o comportamento imperativo hipotético, onde a pessoa toma atitudes seguindo suas emoções. É perceptível essas duas teorias quando o Batman deseja salvar a sua amada, Rachel, pensando nos sentimentos sentidos por ela, mas através da razao ele opta em salvar o Dent, uma figura de influência na cidade de Gotham,que, com a sua vida salva poderia resolver problemas de violência da cidade.
Ja a antítese da teoria seria o personagem Coringa, que vai contra os conceitos de ética de Kant e que ,através da violência, satisfaz seus prazeres

De acordo com Immanuel Kant, o que guia as ações do homem é a razão. Essa é vista como algo que se releva antes de agir eticamente. Ainda segundo o filosofo, existem dois modos de agir (Imperativos): Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético. Podemos perceber que no filme, o Batman age Categoricamente, de forma a agir em busca de um bem coletivo, no caso, salvando a Harvey Dent, sendo politicamente correto para a sociedade. Já o Vilão Coringa age hipoteticamente, pensando no seu próprio bem e poder, de maneira antiética.

Kant analisou as razões das ações humanas e a relação dessas ações com a moral. Ele se questionou sobre as formas como devemos agir, porque devemos fazer e o que devemos fazer, como devemos comportar-nos em nossas relações com outras pessoas. Mas nossa razão não é somente teoria e conhecimento, mas também prática. A razão vai analisar nossas ações através da moral. Para Kant uma vida moral é possível se a razão estabelecer de forma racional a forma como devemos nos conduzir. A razão tem que criar leis morais objetivas, ou seja, que valham para ser aplicadas por qualquer ser racional. Contudo, o personagem Coringa, em Batman: o Cavaleiro das Trevas, não segue o pensamento Kantiano, já que ele usa da razão para colocar o caos na sociedade e mostrar a todos que ninguém é bom em sua essência, basta uma situação para o seu verdadeiro eu (a maldade interior) se revelar. Como aconteceu com Harvey Dent ao perder a sua amada Rachel Dawes.

Depois de perceber a burrice que tinha feito no fórum fui procurar como postar aqui, agora que descobri (aos 44 do segundo tempo) posso postar.
Como tinha dito na minha outra postagem o Batman seria um representante da ética Kantiana.
O personagem mostra o conceito de “ética a posteriori” em suas ações. Sendo que, através da razão sua ações individuais afetam o coletivo de forma positiva. Garantindo a vida em sociedade.
O personagem também possui dualidade em suas ações, imperativos, pois ao decidir quem salvar foi movido pela paixão. Entretanto Coringa troca os reféns fazendo com que a ação se torne categórica. O vilão ao fazer isso mostra ao espectador que não somos perfeitos e somos movidos pela irracionalidade.

Marianabreu escreveu:

Ao fazer Batman escolher entre salvar Dent ou Rachel, o Coringa coloca em cheque duas ideias propostas por Kant: o uso do imperativo categórico e o do imperativo hipotético, respectivamente. Batman não escolhe salvar o “promotor público”, pensando racionalmente em sacrificar o amor de sua vida pela segurança de Gothan, criando o herói que a cidade precisava, ele escolheu agir segundo suas emoções e salvar a “noivinha recatada” (falas do próprio Coringa). Prevendo sua escolha, o vilão troca os endereços desencadeando a transformação de Dent.
O Coringa, por sua vez, é um ser amoral e suas ações são impulsivas e ilógicas. Porém, por detrás de uma suposta ilogia, todas as suas ações tendem à um objetivo final: provar que todo ser humano é mau por natureza e que até o melhor deles pode se transformar em um vilão –fato concretizado em Harvey, que ao ser salvo acidentalmente, perde sua noiva e assim é tomado por um sentimento de vingança, transformando-se no vilão Duas Caras. Por se considerar, não apenas um louco, mas parte de uma vanguarda na qual todos os homens, quando em um estado de caos, também pertencem, o vilão usa de seu livre arbítrio para escapar da moral que é inata ao ser humano, segundo Kant.
Também existe uma contradição à ética kantiana no personagem Batman. Segunda defendia o filósofo, para saber se uma ação é o certo a se fazer, deve-se questionar se seria positivo se todos também a praticassem. Mas, e se todos agissem como Batman, fazendo justiça com as próprias mãos sem obedecer às leis impostas pela sociedade? Esse caso é tratado pelo autor do filme quando diversos civis se fantasiam e tentam combater o crime assim como Bruce, sendo recriminados pelo próprio herói.
Apesar de tudo, as ações de Batman têm como objetivo final o bem da cidade e de seus habitantes, mesmo que para isso carregue o rótulo de vilão, pois para ele é melhor continuar fazendo justiça de forma silenciosa do que se submeter às leis e bandidos continuarem a solta.

Excelente interação!

Ao ter que escolher entre salvar a mulher que ama e salvar Harvey Dent, batman deve escolher entre seguir a razão ou a emoção, escolha essa que é abordada por Kant em sua teoria, quando cita o imperativo categórico e o imperativo hipotético. O objetivo do coringa era ver apenas o caos e por isso trocou as localizações dos dois reféns fazendo com que batman sentisse que errou independente da escolha feita pois estaria fazendo exatamente o oposto do que pretendia. Isso foi mais agravado pois ao escolher agir pela emoção e salvar Rachel, ele acabou a condenando a morte e Harvey o culpou por isso tornando-se assim seu inimigo.